Home Variedades Escola do Teatro Bolshoi do Brasil apresenta “Cinderella” na Noite de Gala do Festival de Dança de Joinville, neste domingo, 23 de julho

Escola do Teatro Bolshoi do Brasil apresenta “Cinderella” na Noite de Gala do Festival de Dança de Joinville, neste domingo, 23 de julho

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Escola do Teatro Bolshoi do Brasil apresenta “Cinderella” na Noite de Gala do Festival de Dança de Joinville, neste domingo, 23 de julho

Neste domingo, 23 de julho, às 19h, as apresentações da Mostra Competitiva darão espaço a um dos momentos mais aguardados do 40º Festival de Dança de Joinville. A Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, que tem a instalação da sua filial no município diretamente ligada à história do Festival de Emoções, estará no comando da Noite de Gala desta edição histórica.

A instituição, que é um dos orgulhos da cidade mais populosa do Estado, trará para o palcão do Centreventos Cau Hansen o Balé Neoclássico “Cinderella”. A coreografia narra a saga da jovem que tem sua vida transformada, depois que um mago surge, no meio da noite, para ajudá-la a ir ao grande baile. A música de Prokofiev e a coreografia de William Almeida seguem o roteiro clássico da história baseado no conto de fadas de Charles Perrault até Cinderella conhecer um príncipe encantado.

Para combinar com a noite concorrida e especial, haverá a entrega da Ordem de Rio Branco no grau de Cavaleiro para a jurada de Balé Clássico de Repertório da 40ª edição, que é um ícone da dança, Cecília Kerche. A entrega da honraria do Ministério das Relações Exteriores do Governo Federal será realizada pelo prefeito de Joinville, Adriano Silva, acompanhado pela vice-prefeita, Rejane Gambin e por Eliana Caminada.

O Instituto Festival de Dança também está realizando uma série de homenagens para profissionais que contribuíram para a trajetória do evento ao longo da programação. Em 23/7, o reconhecimento vai para Tatiana Leskova, que tem cem anos e participou de diversas edições do Festival como jurada. Atuou como bailarina, coreógrafa e professora do Balé do Teatro Municipal do Rio. É um dos mais relevantes nomes do Balé Clássico.

A Mostra Competitiva retornará ao palcão entre os dias 24 e 27 de julho, com 226 coreografias de oito gêneros. Os resultados do Festival da Sapatilha, Festival Meia Ponta, da Mostra Competitiva e do 40+ são disponibilizados no site do Festival (https://festivaldedancadejoinville.com.br/resultados-competicoes/). Já as fotos dos grupos campeões podem ser conferidas no Flickr (https://flickr.com/photos/festivaldedanca).

As coreografias vencedoras serão apresentadas novamente no palco do Centreventos nas Noites dos Campões Júnior (28 de julho) e Sênior (29 de julho). Nesta edição histórica, a festa da dança conta com um dia a mais em relação ao ano anterior.

Programação didática lança novos pontos de vista sobre a dança

A organização do Festival de Dança de Joinville reservou a manhã e a tarde deste domingo, 23 de julho, para rodas de conversa com nomes reconhecidos nacional e internacionalmente. Na plateia do Teatro Juarez Machado, olhos e ouvidos atentos de pessoas apaixonadas pela dança, em busca de conhecimentos e novos pontos de vista técnicos e artísticos. O evento “E por Falar em Dança” integrou a programação didática da 40ª edição.

Pela manhã, dois encontros levantaram questões instigantes: “Comissões de Frente das Escolas de Samba: teatro ou dança?” e “Balé Clássico é a base de tudo? Me convença do contrário”. O primeiro bate-papo reuniu o bailarino, coreógrafo e diretor artístico Marcelo Misailidis e o professor, coreógrafo e ator Jhean Allex, dois profissionais que se destacam e acumulam prêmios na criação de coreografias para as comissões de frente em escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo. A intermediação foi da doutora em artes cênicas, pesquisadora de dança, diretora, professora e dramaturgista Thereza Rocha.

Novos espaços

Ao destacar a importância de um mercado que tem suas particularidades, Marcelo afirmou perceber e comemorar que a dança vem ocupando novos espaços, como nas comissões de frente das escolas de samba. Para não perder o timing, “é preciso ter senso de atualização e estudo, pois tudo é processo de transformação”.

Para ele, as comissões de frente das escolas de samba são dança, teatro, tudo e mais um pouco misturado. “Mas é importante trabalhar o aspecto coreográfico sem perder de vista a escola que a comissão de frente vai puxar. Não basta fazer algo incrível apenas na frente, é preciso ter este vínculo com a escola toda”.

Jhean Allex também vê essa amplitude. Segundo ele, os coreógrafos das escolas de samba estão saindo cada vez mais de suas caixas pretas e enxergando a avenida. “Estão entendendo que é preciso fazer uma pesquisa diferenciada. O Carnaval de São Paulo também está querendo fazer um espetáculo incrível, inspirando-se no do Rio de Janeiro”.

Ele colocou dança e dramaturgia na comissão de frente, pois viu a necessidade de trabalhar mais solto. “Bailarinos profissionais começaram a fazer a diferença na coreografia. A comissão de frente é o primeiro contingente humano que entra na avenida. Falando especificamente de São Paulo, constato um grande crescimento, tudo é criado na comunidade. É um ano de trabalho, com muita gente envolvida. É um mercado importante que se amplia”.

Escolha dos bailarinos

Na escolha dos bailarinos para compor a comissão de Frente, Marcelo disse que tenta manter um nicho com quem já tem experiência, porque tem muita emoção envolvida. “Entrar na avenida é como entrar num coliseu. São 70 mil pessoas na torcida por suas respectivas escolas, é muita pressão, muita adrenalina. É preciso ter controle emocional. Então, eu procuro contrabalançar a renovação com pessoas que conseguem controlar essa pressão.”

Ele destaca que o bailarino interessado em atuar numa comissão de frente de escola de samba precisa ser comprometido para se manter neste mercado, e entender a necessidade dessa entrega. “As escolas de samba viraram uma grande oportunidade para bailarinos e coreógrafos”, reforçou.

Jhean Allex faz audições, testes, busca profissionais em outras agremiações, mas tem clara preferência para indicações. “Vai muito do comprometimento.”

Thereza Rocha lembrou que uma série de atividades se espraiam em torno da dança, “e o Carnaval é uma grande ópera popular que acontece todo ano”.

Sobre o balé clássico

O segundo bate-papo tratou de um assunto que costuma levantar opiniões apaixonadas. O tema “Balé Clássico é a base de tudo? Me convença do contrário” reuniu no Teatro Juarez Machado o diretor e coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni, pós-graduado em Artes da Cena; Cecília Kerche, que foi a primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro de 1986 a 2016 e é jurada do Balé Clássico de Repertório nesta edição do Festival de Dança; o professor e diretor Gilmar Sampaio, com larga experiência no ensino do balé clássico; e a professora e coreógrafa Tati Sanchis, com atuação de destaque no jazz e nas danças urbanas. A intermediação também foi de Thereza Rocha.

Cecília Kerche é uma defensora do balé clássico, gênero que pautou toda a sua trajetória e o seu sucesso profissional. “O balé clássico sempre foi minha primeira linguagem. Ele dá um leque de opções para quem quer usar o corpo como ferramenta de trabalho, é base para muitas possibilidades ao usar todo o grupamento muscular. Dá liberdade para conhecer seu físico, a elasticidade, a forma de se mover no cenário. A dança é democrática. Cada estilo tem suas especificidades, peculiaridades técnicas, seu fundamento psicológico. O balé pode ajudar muito nessa versatilidade”.

Para Bongiovanni, o balé é base para muitas danças, mas não tudo, “que é absoluto. É interessante ter uma certa singularidade na dança. O balé é uma ferramenta e não serve para tudo. Não o demonizo nem o coloco num pedestal, é necessário entender o balé pelo que ele é, pelo que pode, sem engessar. O equilíbrio é dinâmico. A flexibilidade tem a ver com a nossa cultura, com o nosso jogo de cintura. Não pode doer. A técnica existe a favor de um serviço estético. A vida é criativa, vasta, e cada um sente as tensões de um jeito diferente. Existem muitas possibilidades, há liberdade de escolha”.

Gilmar Sampaio entende que o balé clássico proporciona o refinamento, o acabamento. “Para dar qualidade e sintonia numa companhia de 25 pessoas, por exemplo, somente o balé. Mas é preciso colorir este balé, beber de outras fontes, evoluir, usar a inteligência para usar essa ferramenta a seu favor. Ele pode aprimorar, agregar valores para outras técnicas, como na ginástica olímpica. O balé está na fonte e como ferramenta é maravilhoso”.

Tati Sanchis enfatiza que o balé clássico não é base para gêneros como as danças urbanas, “mas uma ferramenta de formação corporal e, dependendo do conceito, pode atrapalhar, engessar”. A plateia, atenta, demonstra concordar com ela, que acrescenta: “É difícil desconstruir o corpo de quem se forma no balé clássico e quer experimentar outros estilos, como o hip-hop e outras danças sociais. Não somos contra o balé. Estamos falando de assuntos diferentes, de outros conceitos. O balé é maravilhoso, o problema é se deixar colonizar só por ele. Não é essa estética que vai dar a base para o hip-hop, por exemplo. E nas danças urbanas não existe o conceito de finalização, de tudo alinhado, tudo igual. É possível trabalhar as capacidades e habilidades corporais com outras técnicas”.

“Chá com Tatiana Leskova” destaca trajetória de um dos maiores nomes da dança brasileira

Aos 100 anos, Tatiana Leskova esbanja irreverência. Um dos mais importantes nomes da dança no Brasil, a coreógrafa, maitre de ballet e remontadora foi a grande estrela da terceira atividade do “E Por Falar em Dança”, programação que reuniu grandes figuras da dança brasileira em conversas descontraídas e repletas de conhecimento sobre a arte do movimento no domingo (23).

Em “Chá com Tatiana Leskova”, Eliana Caminada, Marcelo Misailidis, Bruna Gaglione, Erick Swolkin e Thereza Rocha abordaram a trajetória de Tatiana, mais conhecida como “Dona Tânia” pelas centenas de alunos a quem ensinou. Francesa e filha de pais russos, ela fugiu da guerra, e da companhia em que trabalhava, para viver no Brasil em busca de novas perspectivas na dança e na vida pessoal.

“Não sei como seria a dança cênica se Tatiana não tivesse ficado no Brasil. É um exercício de adivinhação”, destacou Eliana, que foi aluna de “Dona Tânia”. Aliás, o rigor e a sinceridade de Tatiana nas avaliações sobre seus bailarinos foi um dos temas da conversa. E ela confirmou a “fama” com o notável bom humor: “se o professor não briga com você, ele é mau professor. Não é a mamãe que sabe que você é bailarino, é o professor”, brincou.

O debate ressaltou a vivência de Tatiana com diversos nomes das artes, como Balanchine e Picasso, além de destacar sua trajetória marcada pela coragem. “Parece que a história desses 100 anos passa naqueles lindos olhos. Ela fez escolhas modernas e autônomas em uma época em que isso não era dado às mulheres”, lembrou Thereza.

“Talvez, o grande mérito dela é ter se internacionalizado muito cedo, o que deu a ela a ideia de globalidade, trazendo essa vivência para o Rio de Janeiro”, destacou Marcelo. Já Tatiana resumiu sua própria trajetória em uma frase: “eu não pensava que ia ser tão variada, em tantos países, com tantos alunos. Mas foi sempre uma surpresa agradável”, disse.

E no fim, ainda deu tempo para uma conversa em russo com Bruna e Erick, que atuaram no Teatro Bolshoi de Moscou. Ainda neste domingo (23), Tatiana será homenageada na Noite de Gala do Festival de Dança de Joinville, a partir das 19h.

Hip Hop Unite reuniu bailarinos de seis estados

Na noite de sábado (22), bailarinos de seis estados do Brasil se reuniram na Escola de Educação Básica Professor Germano Timm para a seletiva brasileira do Hip Hop Unite. Os selecionados ganham vaga para a competição mundial do evento, que ocorre em outubro, em Portugal.

No total, 24 coreografias foram apresentadas em seis categorias diferentes: júnior, cadete, adulto e master. “Nesses 40 anos do Festival, nós fizemos esse casamento, uma experiência que deu certo. Estamos aqui para que esses bailarinos representem o nosso país no campeonato mundial”, disse Cláudio Franzen, diretor do Hip Hop Unite Brasil.

A plateia reuniu pessoas de todas as idades e lugares do país e as coreografias foram avaliadas por três jurados. Os resultados da seletiva estão disponíveis no site da Liga Brasileira de Aeróbica e Fitness (https://www.libraf.com.br/2022web/).

Serviços

• O quê: Noite de Gala.
• Quando: domingo, 23 de julho, às 19h.
• Onde: Centreventos Cau Hansen (avenida José Vieira, 315, América, Joinville).

• O quê: 40º Festival de Dança de Joinville.
• Quando: 17 a 29 de julho de 2023.
• Onde: Centreventos Cau Hansen, Expocentro Edmundo Doubrawa e Teatro Juarez Machado, localizados na avenida José Vieira, 315, América, Joinville; e palcos espalhados por Joinville e região.
• Realização: Instituto Festival de Dança de Joinville e Ministério da Cultura – Governo Federal do Brasil.
• Apresenta: Arcelor Mittal Vega e Lei de Incentivo à Cultura.
• Patrocínio: Bosch, CCR Aeroportos, CCR ViaCosteira, Fundação Catarinense de Cultura, Governo de Santa Catarina e Instituto CCR.
• Apoio: Drogaria Catarinense, Global, Grupo Barigui, Havan e Komprão Koch Atacadista.
• Mídia: Favretto Mídia Exterior e NSC TV.
• Promoção: Prefeitura Municipal de Joinville – Secretaria de Cultura e Turismo.
• Venda de ingressos: via Ticket Center (https://www.eticketcenter.com.br/) e das 13 às 17h, no foyer do Teatro Juarez Machado, anexo ao Centreventos.
• Mais informações: https://festivaldedancadejoinville.com.br

Fotos

Legenda: “Cinderella”, da Escola do Teatro Bolshoi do Brasil.
Link para download: https://drive.google.com/drive/folders/1DFBNqb7tFqUCPqVEROAvylHH9HsxQeVh
Crédito: Alinne Volpato.

Legenda: “E por Falar em Dança Comissões de frente”
Link para download: https://www.flickr.com/photos/festivaldedanca/53066060235/in/album-72177720309963587/
Crédito: Nilson Bastian


Legenda: “E por Falar em Dança Balé clássico é a base de tudo”.
Link para download: https://www.flickr.com/photos/festivaldedanca/53065680201/in/album-72177720309963587/
Crédito: Nilson Bastian

Legenda: “E Por Falar em Dança Chá com Tatiana Leskova”.
Link para download: https://www.flickr.com/photos/festivaldedanca/53066785463/in/album-72177720309963587/
Crédito: Nilson Bastian.

Legenda: seletiva brasileira do Hip Hop Unite.
Link para download: https://www.flickr.com/photos/festivaldedanca/53064541799/in/album-72177720309952742/
Crédito: Nilson Bastian

Assessoria de imprensa do 40º Festival de Dança de Joinville

• Simone Gehrke: coordenação e atendimento à imprensa – 47 9 9971-6117 | imprensa.
• Albertina Camilo: produção de conteúdo e atendimento à imprensa – 47 9 8806-6302.
• Juliane Guerreiro: produção de conteúdo e atendimento à imprensa – 47 9 9757-5067.
• Michelle Castro: produção de conteúdo – 47 9 8405-5026 | imprensa1.

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