A cidade de Joinville, no Norte de Santa Catarina, recebeu nesta segunda-feira (8) um encontro para debater o futuro da concessão da BR-101 Norte. A audiência pública aconteceu na sede da Acij (Associação Empresarial de Joinville) e contou com a presença de dezenas de autoridades.
No encontro, entidades, representantes do governo federal e da Arteris Litoral Sul e membros do Fórum Parlamentar Catarinense debateram melhorias que a rodovia deve receber caso a concessão seja prorrogada pelos próximos 15 anos.
O engenheiro da Acij, Marcos Antônio Corsini, defende que, caso melhorias não ocorram na rodovia, a economia de SC pode sofrer consequências.
“Nós estamos tendo a oportunidade de ampliar este contrato por mais 15 anos. Vamos conviver com o que está aqui? não conseguimos, nós vamos estrangular nosso Estado, travar a nossa economia”, diz Corsini.
O presidente da entidade, Guilherme Bertani, afirma que a rodovia é “ponto fraco” da região. “Joinville representa mais de 20% do que o Estado arrecada de ICMS, e a região Norte tem um peso fundamental em toda a economia. A BR é o principal ponto fraco que a gente tem quando vai atrair novos negócios para cá”, explica.
BR-101 em Joinville pode ganhar três elevados
Com 22 km de extensão, o trecho da BR-101 em Joinville tem apenas cinco quilômetros de marginais. A construção de novas vias às margens da rodovia foi a principal demanda na reunião desta segunda-feira, já que estudam mostram que boa parte dos motoristas usam o trecho para fazer interligações urbanas, o que aumenta o gargalo.
O gerente técnico da Arteris Litoral Sul, Marcos Dutra, apresentou projeto para melhorias na mobilidade do trecho. Na proposta, foram apresentados três elevados nas regiões da XV de Novembro, Ottokar Doerffel e Minas Gerais, além de duas passarelas nos quilômetros 44 e 46.
Para o presidente da FIESC, Mario de Aguiar, porém, é necessário mais do que novas marginais: ele defende uma rodovia paralela à BR-101. “Existem investimentos muito importantes para serem implementados para que nós possamos ter uma BR que possa condizer com a pujança econômica de Santa Catarina”, explica.
A secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, representou o governo federal no encontro e afirmou que, em caso de repactuação com a Arteris, a fiscalização se tornaria ainda mais rigorosa, passando de anual para trimestral. Ela ainda defende que, com a assinatura do termo aditivo, a concessionária deveria inicar as obras imediatamente.