o pior está por vir

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (Ex-PT e hoje PSD), ofereceu um relato dramático sobre a trágica realidade que vive sua população, o que dá uma ideia do tamanho do desafio para a reconstrução do município e do Estado. Uma ação que até agora ninguém sabe dizer quando vai acontecer.

Prefeito de Canoas, Jairo Jorge, e os voluntários – Foto: Prefeitura Municipal de CanoasPrefeito de Canoas, Jairo Jorge, e os voluntários – Foto: Prefeitura Municipal de Canoas

Com cerca de 350.000 habitantes, a cidade tem um balanço parcial arrasador. Mais de 90.000 pessoas vivendo em abrigos, metade da população com perdas totais de casas, empresas, escritórios e o que tinham de patrimônio e 150.000 com prejuízos totais ou parciais.

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A recuperação do município mais destruído pelas enchentes não será obra da Prefeitura ou do governo estadual, apenas. Vai exigir bilhões de reais do governo federal e de um brutal esforço coletivo.

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O governo central promete liberar verbas para a infraestrutura, aí compreendida a restauração das rodovias, das pontes e viadutos arruinados durante este histórico flagelo, sem precedentes na história do Brasil.

Mais de 50% das escolas também foram aniquiladas, aí compreendidas as instalações físicas, os equipamentos e todo o material didático. As unidades de saúde, com prédios e aparelhos médico-hospitalares, desapareceu com as inundações.

Enquanto as águas não baixarem totalmente, impossível um diagnóstico completo. E, partir da volta para casa, no retorno para a empresa, é que a ficha começa a cair, com risco de desespero.

O Estado Brasileiro, compreendendo os poderes nos três níveis, falhou: na prevenção e durante a tragédia. No seu lugar, o povo, com milhares de voluntários por todo o país, virou o grande protagonista, superando dificuldades, enfrentando barreiras. Muita gente arriscando a própria vida para salvar irmãos que nem conheciam.

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Quando as águas baixarem, a hecatombe começa a sair do noticiário, com risco de desmobilização. Só a chama acesa deste magnífico voluntariado permitirá a reconstrução e dar novas esperanças aos flagelados.

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